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Operação cumpre mandados na PB contra estudante por ameaça de ataque à escola

Nesta terça-feira (8), foi lançada a segunda fase da “Operação Pessinus”, uma ação para combater crimes cometidos na internet, incluindo constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Os mandados estão sendo cumpridos em João Pessoa, nos bairros do Valentina e Gramame, e têm como alvo um indivíduo de 19 anos.

O delegado João Ricardo, titular de Crimes Cibernéticos da capital, explicou que o alvo da operação já postou vídeos informando como atacaria uma escola e mataria pessoas, chegando a exibir armas. Ele utilizava essas postagens para instigar outros indivíduos a cometerem atos semelhantes.

A operação é conduzida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com os Ministérios Públicos de Santa Catarina (CyberGaeco), São Paulo (CyberGaeco) e Paraíba (GAECo), além das Polícias Civis dos Estados de São Paulo e Paraíba (DECC- Delegacia de Crimes Cibernéticos).

Na primeira fase da Operação Pessinus, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de internação provisória em diferentes cidades do Brasil, com apoio das polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso.

A operação teve início com o trabalho do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina, que identificou perfis em redes sociais manifestando intenções violentas, como estupros, massacres e culto ao nazismo. A Polícia do Piauí deu continuidade às investigações, representando por mandados de busca e apreensão e internação provisória.

As investigações prosseguiram, resultando no cumprimento de mandados de busca e apreensão na Paraíba e em São Paulo.

Os investigados poderão responder por crimes como constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável e apologia de crime ou criminoso, conforme previsto nos artigos do Código Penal e na Lei n. 7.716/89.

O nome “Operação Pessinus” faz referência à cidade que serviu de sepultamento ao semideus Átis, da mitologia grega. A mitologia conta que Átis enlouqueceu e se automutilou como parte de rituais religiosos, sendo morto e sepultado em Pessinus. O nome simboliza o objetivo da operação de acabar com comportamentos perturbadores e ilegais, visando a segurança de crianças e adolescentes.

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