A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB) está enfrentando uma grave denúncia de irregularidades eleitorais. Parte do grupo liderado por Harrison Targino, presidente atual da entidade, alega que o escritório Nelson Willians estaria pagando anuidades de advogados e custeando transporte para um evento eleitoral em apoio a Paulo Maia, candidato à presidência da OAB-PB. A acusação, respaldada por mensagens de WhatsApp, sugere um esquema para influenciar as eleições da seccional.
Mensagens de um grupo intitulado “NW JP ➡️ AM” revelam detalhes sobre a organização financeira e logística do evento, como o pagamento de boletos da OAB e a oferta de transporte. O escritório Nelson Willians, um dos maiores do país e sem sede na Paraíba, tem seu advogado Ângelo Ribeiro, candidato a Conselheiro Federal, como representante na chapa de Maia. A entrada de grandes escritórios de fora do estado na disputa tem gerado críticas, com acusações de manipulação e loteamento de cargos.
Figuras como o advogado Ivanildo Félix, vinculado ao Nelson Willians, são ativamente mencionadas nas conversas. Félix, com presença constante nas redes sociais, reforça o papel financeiro do escritório no evento, relatando que boletos foram quitados e enfatizando que o dinheiro tem papel central na mobilização de apoio a Maia. Em mensagens irônicas, Félix comenta sobre sua “conduta” com os colaboradores, afirmando estar “fazendo assédio moral”, declaração que causou revolta entre os colegas.
O caso levanta questionamentos sobre a ética e a transparência no processo eleitoral da OAB-PB, expondo tensões entre interesses locais e a influência de grandes escritórios externos. A denúncia ressoa entre os advogados paraibanos, que defendem a independência da advocacia no estado, opondo-se à crescente influência de escritórios de fora na disputa pelo comando da Ordem.